A Secretaria Municipal de Saúde testou 48 casos postivos de Covid-19 em internos do Albergue Bezerra de Menezes, no Bairro Antique, em Itabuna, ao concluir na tarde de ontem, dia 20, a testagem em massa dos albergados, 111 no total. Outros 63 internos deram negativo para o novo coronavírus. O trabalho foi acompanhado por técnicos da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate Pobreza.
Diante dos casos confirmados, o Departamento de Vigilância da Saúde está mobilizando técnicos das divisões de Vigilância Sanitária e de Vigilância Epidemiológica e do Centro de Referencia Regional em Saude do Trabalhador (Cerest) para na tarde desta quinta-feira executar a fiscalização do ambiente e orientar a proteção dos internos.
O trabalho de orientação e fiscalização será feito com base nos protocolos para Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPI (abrigos, asilos, casa de acolhimento, etc.) da Organização Mundial da Saúde (OMS), de acordo com a Supervisora da Vigilância a Saúde, Maristella Antunes, coordenadora do Departamento de Vigilância da Saúde.
No caso do Cerest, os técnicos vão verificar as condições de trabalho dos funcionários do Albergue Bezerra de Menezes, enquanto a Divisão de Vigilância Epidemiológica vai aplicar exames RT-PCR nos internos cujo teste rápido apresentou resultado positivo para IgM e IgG, para avaliar se ainda estão disseminando a doença. (Ascom/PMI)
Na Bahia, a primeira dose da vacina contra a Covid-19 já foi aplicada em 19.166 pessoas até o fim do dia desta quarta-feira (20), conforme balanço da Secretaria da Saúde do estado (Sesab). O estado recebeu o primeiro lote com 376,6 mil doses na segunda-feira (18) à noite, e na terça-feira (19) deu início a vacinação. Os mais de 19 mil vacinados informados pela Sesab correspondem aos dados enviados por 306 municípios até às 14h desta quarta-feira (20).
Deste total de imunizados, 17.649 são profissionais de saúde que estão atuando na linha de frente no combate à doença. Outras 1.291 doses foram aplicadas em idosos institucionalizados, 28 em indígenas aldeados e 198 em pessoas com deficiência. Estes dados correspondem as primeiras doses aplicadas. Salvador é a cidade que aplicou um maior número de doses. A prefeitura fechou o dia com 5.319 pessoas vacinadas. No interior o destaque de cidade que mais vacina vai para Santo Antônio de Jesus, que segundo a Sesab imunizou mil pessoas. (Bahia Noticias)
As vacinas de Oxford/AstraZeneca produzidas na Índia devem deixar o país e seguir rumo ao Brasil na próxima sexta (22), de acordo com o canal CNN Brasil. A emissora afirmou que, após reuniões nos últimos dias com autoridades indianas e integrantes do governo brasileiro, os dois milhões de doses serão liberados. No entanto, ainda segundo o canal, o Itamaraty aguarda uma confirmação oficial nesta quarta (20). Há, ainda, a possibilidade do governo da Índia se responsabilizar pela entrega dos imunizantes.
O governo federal chegou a preparar um avião cargueiro da Azul para buscar as vacinas e inserir adesivo na aeronave com slogan da campanha de vacinação. No entanto, após adiamentos, o voo foi cancelado. Desde então o Itamaraty trabalha pela liberação das doses compradas e distribuídas pela Fiocruz.
Na última terça (19), o governo da Índia divulgou um comunicado com a lista de países que receberiam as primeiras doses produzidas pelo Instituto Serum: Butão, Ilhas Maldivas, Bangladesh, Nepal, Myanmar e Ilhas Seychelles. (Gazeta do Povo)
A Prefeitura de Itabuna, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vacinou os profissionais da UPA - 24 horas, do Bairro Monte Cristo, na tarde de terça-feira, 19. Ao todo, 97 pessoas, entre médicos, enfermeiros, e técnicos, e recepcionistas, tomaram a primeira dose da Coronavac.
“Para nós é um dia que vai ficar na historia. Agora de fato, temos uma proteção a mais”, disse Rafaela Caldas, coordenadora de enfermagem da UPA.
Ontem, Itabuna recebeu cerca de 2.200 doses da vacina, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária no domingo. O uso emergencial da Coronavac exigiu a elaboração de um Plano de Municipal de Vacinação pelo município, que nesta primeira fase contempla apenas os profissionais que atuam na linha de frente contra a Covid-19.
A coordenadora de Imunização do Itabuna, Camila Brito, afirmou que após 21 dias, a segunda dose será aplicada neste grupo prioritário, mas que os cuidados precisam ser mantidos. “É importante lembrar que só 15 dias após a segunda dose, o organismos da pessoa vai criar os anticorpos”, explicou.
A UPA - 24 horas é referência no atendimento a pacientes com a Covid-19. A Unidade conta com 14 leitos, para estabilização, onde ficam as pessoas em estado mais grave.
“Só quem trabalhou durante os dias mais críticos da pandemia sabe a importância que tem esse momento” disse a farmacêutica Camila Branquinho, que também foi imunizada na terça. Para ela a vacina representa uma dose de esperança na luta contra o Corovavíus.
A fonoaudióloga Mariana Silva, que faz parte do Programa Melhor em Casa, falou que a sensação foi de recomeço ao tomar a Coronavac. “Não imaginava que a vacina iria chegar em um prazo de 72 horas. Estou aliviada e mais otimista” disse emocionada. (Ascom/PMI)
A Índia, uma das maiores fabricantes de insumos médicos do mundo, começará a exportar vacinas contra Covid-19 até a próxima quarta-feira, disseram fontes governamentais. O Brasil, que negocia o envio de 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Universidade de Oxford produzidas pelo instituto indiano Serum, não está na lista de nações contempladas, segundo apurou a Reuters.
O primeiro lote exportado irá para o Butão, disseram as autoridades, que pediram para não terem seus nomes revelados pois um anúncio formal ainda será feito pelo governo indiano.Dois milhões de doses do imunizante produzidas pelo Instituto Serum também serão despachadas para Bangladesh na quinta, disseram as mesmas fontes. O Ministério das Relações Exteriores de Bangladesh confirmou os planos, afirmando que um voo especial da Índia desembarcará em Dhaka na quinta.
"Bangladesh receberá 2 milhões de doses da vacina contra Covid-19 Oxford-AstraZeneca da Índia como uma doação em 21 de janeiro", disse a pasta em comunicado. O Instituto Serum, maior produtor mundial de vacinas, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A Índia recebeu pedidos de dezenas de nações, incluindo um pedido urgente do Brasil, para começar a exportar a vacina do centro do Serum na cidade de Pune. O governo do premiê indiano, Narendra Modi, no entanto, queria iniciar a campanha de vacinação no país antes de começar as exportações, disse uma das fontes.
A Índia começou a vacinar no sábado seus profissionais de saúde com o imunizante Oxford/AstraZeneca, assim como um outro desenvolvido pela Bharat Biotech. O país pretende começar a exportar a vacina da Bharat em um segundo momento.
O governo brasileiro chegou a preparar um avião para buscar 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca na Índia, que seriam exportadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e usadas no início da vacinação no país, mas o voo acabou sendo cancelado. O uso emergencial do imunizante que seria trazido do país asiático foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último domingo. Além disso, clínicas privadas de vacinação também têm acordo para comprar 5 milhões de doses da vacina da Bharat uma vez que o imunizante obtenha registro definitivo junto à Anvisa.
Na última segunda-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, justificou os entraves nas negociações com a Índia pelo “fuso horário” do país asiático. Pazuello também não soube precisar uma data para a chegada das doses produzidas pelo Serum.
— Todos os dias nós temos tido reuniões diplomáticas com a Índia, todo dia. O fuso horário é muito complicado. Nós estamos recebendo a sinalização de que isso deverá ser resolvido nos próximos dias dessa semana — disse o ministro da Saúde durante coletiva de imprensa. O presidente Jair Bolsonaro chegou a se reunir com o embaixador da Índia no Brasil, Suresh K. Reddy, com a intenção de acelerar a liberação das vacinas. Antes do início da imunização de brasileiros por meio da CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, os imunizantes importados da Índia eram a principal aposta do governo federal para dar início à campanha de imunização contra a Covid-19. (O Globo)
A Prefeitura de Itabuna, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, pretende vacinar grupos prioritários contra o novo coronavírus, tão logo receba os lotes dos imunizantes Coronavac da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). A vacina foi aprovada para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no domingo.
O Plano de Vacinação do município prevê que sejam imunizados inicialmente profissionais de saúde, em especial quem trabalha em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) que tratam pacientes com a doença, UPA 24 Horas e ambulatórios de atendimento à Covid 19.
De acordo com o Departamento de Vigilância a Saúde os quantitativos serão definidos depois da chegada das doses. O grupo a seguir de pessoas a serem vacinados será idosos, com idade acima de 75 de anos, preferencialmente aqueles que vivem em asilos e casas de permanência.
A vacinação dos itabunenses é motivo de preocupação do prefeito Augusto Castro, desde que asssumiu o cargo no dia 1º. Por diversas vezes ele manteve contato com o Instituto Butantan, em São Paulo, em busca de informações sobre a vacina produzida pelo centro de pesquisas em conjunto com a chinesa Sinovac.
A secretária municipal de Saúde, Lívia Mendes, disse que na Rede da Atenção Básica há 30 salas de vacina aptas ao trabalho de imunização das pessoas, que funcionam satisfatoriamente de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Essa será a estrutura utilizada para vacinação contra o Covid-19, além das vacinações nas unidades de sáude para vacinar os profissionais. Além disso, a Rede de Frios sob a coordenação da enfermeira Camila Brito, é bem estabelecida e conta com todo o suporte de equipamentos e de profissionais para deslanchar o Plano Municipal de Vacinação. No local, são armazenadas vacinas e outros imunobiológicos. (Ascom/PMI)
Por conta do atraso da operação de aquisição do primeiro lote das vacinas contra a Covid-19 de Oxford/AstraZeneca de um laboratório indiano, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve desistir de realizar uma cerimônia na próxima terça-feira (19) de formalização do início da campanha da vacinação no Brasil. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a informação foi confirmada por assessores presidenciais. Os funcionários admitem que não haverá tempo hábil a aeronave responsável por buscar as duas milhões de doses na Índia faça a viagem de ida e volta a tempo.
Segundo a publicação, o intuito é fazer o evento somente quando as doses já estiverem no país. Embora não haja uma data fechada, a expectativa é que isto aconteça até a próxima semana. Interlocutores apontam que a ideia do governo era afastar de Bolsonaro a imagem de um gestor desorganizado e que não prioriza a vacinação contra a Covid.
Inicialmente, cogitou-se que uma pessoa idosa e um profissional de saúde seriam vacinados no evento, num gesto simbólico. A ideia foi abandonada depois. Apesar de não haver informação oficial, pessoas próximas a Bolsonaro admitem que é difícil que as doses do imunizante cheguem ao país até o domingo (17). (BN)
Estudo realizado pela Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo mostra que o novo coronavírus já circulava pela cidade em 2019, antes de a China anunciar o surto da doença à Organização Mundial da Saúde (OMS). Análises de mais 7 mil amostras de pessoas com suspeita de dengue ou chikungunya indicaram que 210 tinham anticorpos contra a covid-19.
O resultado veio de uma parceria da Secretaria de Saúde do estado com o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), além do Núcleo de Doenças Infecciosas da Universidade Federal do Espírito Santo e o Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade de Lisboa, localizado em Portugal, que analisou 7.370 amostras de sangue coletadas entre 1º de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020.
O secretário de estado da Saúde do ES, Nésio Fernandes, e o diretor-geral do Lacen, Rodrigo Rodrigues, informaram em pronunciamento feito na terça-feira (12) que as infecções pela covid-19 ocorreram de forma oculta e foram esquecidas por outras doenças que estavam mais evidentes. A análise clínica das amostras também indicou que 16 das 79 que estavam infectadas pelo vírus da Sars-Cov-2 foram coletadas entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020. Ou seja, antes do primeiro caso registrado da doença no país, que ocorreu no dia 26 de fevereiro.
"Para descartar a possibilidade de que os casos anteriores de SARS-CoV-2 fossem devido a resultados falso-positivos, suas amostras também foram rastreadas quanto à presença de IgG [anticorpo] específica para as proteínas N e S [do coronavírus] por um ensaio diferente, e 7 (43,8%) das 16 amostras testadas foram positivas", informou a pesquisa. O artigo ainda ressalta que "nossos dados apóiam fortemente a hipótese de que a infecção por SARS-CoV-2 foi ofuscada por uma epidemia concomitante de dengue e chikungunya".
Rodrigo, diretor do Lacen, disse ainda que enquanto a pesquisa era desenvolvida, o Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes) buscou em seu estoque de sangue doadores que haviam desenvolvido anticorpos para a doença, e que uma amostra coletada no dia 11 de fevereiro de 2020 mostrou resultado positivo. "Foi feita uma investigação soroepidemiológica para saber se houve transmissão para contatos próximos, mas aparentemente apenas essa paciente tinha amostras reagentes para IgG", disse o diretor.
A pesquisa indica que dos 210 infectados, o diagnóstico para o vírus SARS-CoV-2 não foi considerado e apenas 79 apresentaram resultados positivos para dengue ou chikungunya. Rodrigo destacou que os resultados comprovam que "o diagnóstico incorreto é uma ameaça presente nas regiões endêmicas de dengue e chicungunya". (Correio Brasiliense)