O CULTIVO DO CACAUEIRO EM SISTEMA “CABRUCA” E EM SAF'S

O presidente Lula sancionou, sem veto, a lei 14.877/24, que cria os selos de produção sustentável Cacau Cabruca e Cacau Amazônia. A lei, de autoria do deputado baiano Félix Mendonça Júnior, busca fortalecer a economia cacaueira no Brasil.

 Os produtores e as cooperativas poderão usar os selos na promoção da produção e dos negócios. De acordo com a legislação, o selo será concedido ao cacauicultor que cultivar na modalidade cabruca, que preserva a riqueza e diversidade da Mata Atlântica, como ocorre no sul do Estado, ou da floresta amazônica. Além disso, o produtor precisa observar todas as leis ambientais e trabalhistas nacionais, estaduais e municipais.

 Os selos serão concedidos por um órgão ambiental federal, por solicitação do produtor e mediante o pagamento de um preço público ou tarifa. A validade será de dois anos, podendo ser renovada indefinidamente, mediante avaliação e vistoria.

 Os critérios técnicos serão estabelecidos em regulamentação posterior. Caso o produtor descumpra os critérios para a certificação, durante o prazo de validade do selo, o órgão federal deverá cassar o direito de uso.

 

Coordenador Waldo Britto fala sobre diagnóstico da região cacaueira para técnicos do Senar.

Técnicos do Serviço de Difusão de Tecnologia do Baixo Sul, na região Valença, ministraram, de 6 a 10 de junho, curso sobre novas tecnologias de cacau para técnicos do SENAR que desenvolvem o programa Ateg/Cacau.

Os instrutores são os técnicos da Ceplac Milton Conceição, José Geraldo, Isaías Alves Filho e Givaldo Ferreira Couto, que desenvolveram os temas Adubação, Enxertia e Poda do cacaueiro, apresentando o que há de mais moderno em tecnologias nestas áreas.

O evento foi aberto pelo supervisor do curso, Antônio Jorge Menezes, seguido por palestra feita pelo coordenador regional da Ceplac Waldo Britto.

Apresentação de Milton Conceição sobre Manejo e Clones de Cacaueiros

Em sua palestra, Waldo Britto apresentou aos técnicos do SENAR um diagnóstico da região cacaueira, falou sobre a nova estrutura e ações recentes da Ceplac e apresentou fatos que apontavam para um novo estágio vivido pela cacauicultura brasileira e sul-baiana.

Waldo Britto lembrou do Dia Internacional do Cacau, citando vitórias da cacauicultura como: Lei de renegociação vantajosa das dívidas de produtores de cacau; expansão da cacauicultura em regiões não tradicionais como na região Oeste da Bahia, e nos Estados de Sergipe, Mato Grosso e São Paulo entre outros; Citou Decreto 10.827 que melhorou a estrutura da Ceplac; Parceria Ceplac e  Embrapa com recursos para pesquisa em monília, melhoramento genético e manutenção do banco de germoplasma.

Ao ensejo do Dia do Cacau, Waldo Britto afirmou que havia muito o que a cacauicultura comemorar, citando o fato do Brasil ser o 3º. maior produtor de chocolate do mundo e de haver hoje mais de 100 pequenas indústrias de chocolates em atividade na Bahia e a participação de produtores e empresas em concurso nacional de qualidade de cacau, além da Bahia ocupar a liderança nacional da produção de cacau, com a produção de 140 mil toneladas de cacau em 2021.

 O coordenador da Ceplac encerrou sua palestra registrando a importância de recente evento realizado no Cepec, em que viveiristas decidiram criar uma associação nacional a fim de padronizarem a produção de mudas de cacau pelo protocolo estabelecido pela Ceplac e o avanço da Ceplac na difusão de tecnologia por meios digitais, através de lives junto com a Escola Nacional de Agricultura-Enagro, e a produção de vídeos divulgados no youtube, sobre vários aspectos do cultivo do cacaueiro, citando os técnicos do Serviço de Difusão de Tecnologia a exemplo de Édson Járade, com a criação do canal “Parceiro rural” reproduzido nas redes sociais e diversos Boletins técnicos e revista Agrotrópica produzidos pelo Centro de Pesquisa do Cacau no formato digital sobre as tecnologias do cacau.

Representantes do Brasil e da China anunciaram avanços significativos na pauta comercial do agronegócio, o que deve se refletir na ampliação e diversificação de negócios entre as partes. A informação foi divulgada em nota conjunta dos Ministérios da Agricultura e de Relações Exteriores, esta semana, por ocasião da 6ª Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Cooperação e Concertação.

Segundo o comunicado conjunto, durante a reunião, as partes anunciaram a conclusão das negociações para o início de exportações brasileiras de milho e amendoim para a China, bem como planos de assinatura dos protocolos relativos às exportações brasileiras de farelo de soja, proteína concentrada de soja, polpa cítrica e soro fetal bovino na próxima reunião da Subcomissão de Inspeção e Quarentena, a se realizar em data a definir, no período de 21 a 24 de junho de 2022.

A decisão de criar uma associação para congregar todos os viveiristas de produção de mudas de cacau no Brasil foi o ponto alto do I Encontro de Viveiristas de Cacau do Brasil realizado nesta segunda-feira, dia 16/05, no Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), na sede regional da Ceplac, km 22 da rodovia Ilhéus/Itabuna.

O encontro foi promovido pelo CocoaAction Brasil-Projeto Cacau 2030 e realizado pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Centro de Inovação do Cacau-CIC, Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) Superintendência Federal de Agricultura (MAPA, SFA-BA) e Agência Estadual de Defesa Agropecuária (ADAB) e reuniu dezenas de viveiristas representantes de cinco estados produtores de cacau. Os participantes assistiram apresentações sobre novas técnicas de produção de mudas, legislação pertinente, normas de biossegurança e defesa sanitária vegetal, feitas por técnicos da Ceplac, Uesc, Biofábrica, CIC, ADAB e SFA, além de relato de experiências e casos de sucesso feitos por representantes de empresas da iniciativa pública e privada.

A coordenadora geral de pesquisa e inovação da Ceplac, Lucimara Chiari, abriu o evento apontando que as mudas com qualidade e genética superior são os principais insumos para o estabelecimento ou a renovação de uma boa lavoura de cacau. “Os cacauicultores precisam ter conhecimento e investir na instalação de lavouras saudáveis e produtivas e não devem negligenciar no aspecto fitossanitário, para evitar a propagação de pragas, ressaltando também o papel estratégico e importante do viveirista nesta fase para o aperfeiçoamento das lavouras de cacau do Brasil.”

Coordenadora Geral de Pesquisa e Inovação
da Ceplac, Lucimara Chiari:
aperfeiçoamento da cadeia produtiva.

A pesquisadora Karina Gramacho falou sobre biossegurança e as práticas fitossanitárias que protegem os viveiros contra a entrada e transmissão de pragas e doenças, orientando que “cabe aos viveiristas cumprir regras de segurança, tais como cuidados no trânsito de pessoas, higienização de veículos, ferramentas, botas, sapatos, roupas, como receber visitantes, além da escolha de materiais genéticos de qualidade e livre de doenças”.

A responsável técnica da Biofábrica, Kaleandra Freitas Sena, expôs a instituição como pioneira e validadora dos protocolos de produção de mudas da Ceplac ocupando a posição de maior viveiro de cacau a céu aberto do mundo. Informou ainda que a Biofábrica está fazendo a validação da tecnologia de produção de mudas ortotrópicas (plantas em forma de cálice) e que não vai demorar entrar na fase de comercialização.

A representante da ADAB, Catarina Cotrin, informou sobre o estágio das ações desenvolvidas pelo órgão e a necessidade da observação das regras fitossanitárias, principalmente os cuidados preventivos para evitar a entrada da monilíase no Estado da Bahia.

O Fiscal Federal Alfredo Dantas expôs, didaticamente, o passo a passo para a legalização dos viveiros, orientando sobre os benefícios da certificação, alertando para as penalidades aplicadas aos viveiros ilegais.

Prof. George Sodré: muda ortotrópica pode ser
o futuro da cacauicultura

O pesquisador e professor George Sodré, apresentou as tecnologias mais recentes na produção de mudas, com destaque para as plantas ortotrópicas, pelas suas características morfológicas e facilidade de manejo e que poderá revolucionar a formação de lavouras de cacau por permitir maior adensamento, maior facilidade no manejo da plantação, redução nos custos das práticas de poda e mantendo a produtividade e as características genéticas das plantas plagiotrópicas.

O diretor do Centro de Inovação do Cacau, Cristiano Villela, estimulou aos viveiristas à certificação de viveiros e à organização da categoria em torno de uma associação “para aproveitar o momento de expansão da cacauicultura, hoje com demandas muito grandes de mudas de qualidade por parte de regiões, investidores e estados como a região oeste da Bahia, o Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe, Alagoas, São Paulo e Minas Gerais.”

Cristiano Villela, diretor do CIC: grande demanda
por mudas de qualidade.

No final do encontro, foi apresentada minuta de estatuto de uma associação nacional de viveiristas que foi debatida por todos em seus prós e contra e ficou decidida a criação da instituição, após aperfeiçoamento do estatuto proposto, com a inclusão de sugestões apresentadas pelos viveiristas presentes.

No final do encontro, foi apresentada minuta de estatuto de uma associação nacional de viveiristas que foi debatida por todos em seus prós e contra e ficou decidida a criação da instituição, após aperfeiçoamento do estatuto proposto, com a inclusão de sugestões apresentadas pelos viveiristas presentes

Dentre as vantagens apontadas para os viveiristas com a criação da nova entidade foram alinhadas pelos participantes do encontro: melhor organização da cadeia produtiva de mudas para suprimento dos programas de plantios públicos e privados com vistas ao aproveitamento do crescimento da demanda mundial por cacau e chocolate, o crescente interesse de novos estados e investidores no cultivo do cacau e sua consequente demanda por mudas certificadas, o apoio e incentivo à legalização dos viveiros para a padronização nacional e definição de origem das mudas de cacau, representação institucional da categoria, captação de recursos para execução de programas de aperfeiçoamento técnico e prestação de serviços especializados aos associados e troca de experiência entre viveiristas.

Segundo declaração do Coordenador Regional de Pesquisa e Inovação da Ceplac/Cepec, José Marques Pereira, outra grande vantagem da criação da associação será na estruturação da multiplicação e difusão de novas cultivares de cacau desenvolvidos, registrados e liberados pela Ceplac. José Marques informou também que, inspirados no sucesso desse evento, a Ceplac, o CIC e outras instituições parceiras estão idealizando a promoção de evento similar a esse a ser realizado no estado do Pará, possibilitando a participação e atualização tecnológica de viveiristas dos estados produtores de cacau no norte do país e sua maior integração através dessa nascente associação.

O acesso ao vídeo com conteúdo integral das palestras apresentadas neste Encontro pode ser feito pelo link https://youtu.be/mf1slCopIrg

Dirigentes da Ceplac e Senar fizeram a abertura e enceramento do evento.

O Serviço Regional de Difusão de Tecnologia da Ceplac-SERVDT, localizado na sede regional em Ilhéus/Itabuna, concluiu no período de 04 a 08/04/22, mais um curso sobre tecnologia de cacau, com carga horária de 40 horas, para Engenheiros Agrônomos e Técnicos em Agropecuária do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural-Senar/Bahia.

O curso foi ministrado em aulas teóricas e práticas por pesquisadores e extensionistas da Ceplac para os técnicos do Senar que desenvolvem o programa Ateg/Cacau, de atendimento a propriedades rurais.

O Superintendente da Ceplac, Waldo Britto, expõe sobre realidade regional.

O evento contou com a participação dos coordenadores de programas do Senar/Ba, Aloisio Júnior e Leonardo Rocha, supervisão do Eng.-Agrônomo Audo Dias (Ceplac/Servdt) e abertura feita pelo Superintendente Regional da Ceplac para a Bahia e Espírito Santo, Waldo Britto, que fez palestra sobre A Ceplac e a realidade regional, além de apresentar o novo papel da Instituição na cacauicultura brasileira.

Os temas desenvolvidos no curso foram “Manejo do Cacau:  clones recomendados pela Ceplac para a cacauicultora de alta produtividade”, “Informações básicas sobre correção e fertilização do cacaueiro”,Coleta de amostra de solo, calagem, gessagem, adubação com macro e micronutrientes”, “Clonagem do cacaueiro: teoria e prática”,Poda de Cacaueiros sob os princípios fisiológicos” e Poda de Cacaueiros sob os princípios fisiológicos – atividade prática”. As aulas teóricas foram ministradas pelos técnicos da Ceplac Milton Conceição, José Geraldo Chagas e Givaldo Ferreira Couto no auditório da sede regional da Ceplac e as aulas práticas na Estação Experimental Arnaldo Medeiros, no Centro de Pesquisas do Cacau.

Aula teórica com o técnico José Geraldo sobre correção e fertilização do cacaueiro.

Pesquisador da Ceplac Milton Conceição expõe sobre clones e enxertia.

Enxertia na prática.

Visão do SENAR

Aloisio Jr: mudar a vida
do produtor.

Ao final do evento, o coordenador de programas do Senar/Ba, Aloisio de Oliveira Júnior, afirmou que “esse curso faz parte de uma série de capacitações que nossos técnicos participarão, voltados para as técnicas do cacau: poda, enxertia, adubação etc., além curso de gestão da propriedade.

A ATER vai destravar o potencial que as propriedades já possuem, vai levar soluções para mudar comportamentos, atitudes e dar qualidade de vida e lucratividade aos produtores.

Parceria muito bem vinda com a Ceplac que tem papel imprescindível na cacauicultura no Estado e no País e deverá ser ampliada.”

Aloísio Júnior informou também que o Senar formou juntamente com os Sindicatos Rurais grupos de 30 produtores e neste programa Ateg/Cacau está previsto o atendimento de 1.500 propriedades rurais por um período de dois anos, com cada técnico sendo responsável por atender 30 fazendas onde farão visitas mensais de quatro horas de duração.

Leonardo: produtividade
e lucratividade.

Presente ao evento, o Coordenador de Programas do Senar Leonardo Rocha classificou o curso como de suma importância, ao capacitar as equipes técnicas do Senar em cacau para o trabalho no campo. “são mais informações de qualidade que levamos e isto com certeza vai resultar em aperfeiçoamento da atividade e resposta com alta produtividade e maior rentabilidade ao produtor. Desejo longa vida a esta parceria Ceplac/Senar”.

 

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) disse nesta quinta-feira que o Brasil não terá problemas de abastecimento do cereal no curto prazo, decorrentes da guerra na Ucrânia, pois a Argentina sinalizou ter oferta suficiente para atender as necessidades brasileiras. Além disso, a associação afirmou à Reuters em nota que o volume vindo da Rússia é considerado muito pequeno e não há registro de compras do trigo da Ucrânia.

A Rússia é o maior exportador mundial de trigo e a Ucrânia ocupa a quarta posição neste ranking. Juntos, os dois países são responsáveis por cerca de 30% das exportações globais do cereal, o que corresponde a 210 milhões de toneladas, disse a Abitrigo, ressaltando que o impacto para todos os importadores da commodity estará nos custos. "É inevitável que a crise da Ucrânia afete diretamente os preços do trigo a nível mundial", afirmou. (G1)

 

Coordenador Waldo Britto recebe delegação de Mato Grosso.

Uma delegação composta pelo Secretário de Agricultura, George Luiz de Lima, o Superintendente da Agricultura Familiar, Silvano Ferreira Amaral, dirigentes de associações, cooperativas e produtores rurais estiveram no Sul da Bahia, no período de 22 a 24 de novembro, com o objetivo de conhecer novas técnicas de manejo, experiências exitosas do cultivo do cacaueiro de alta produtividade e o processamento de chocolate com alto teor de cacau a fim de elaborar um plano de desenvolvimento para a cacauicultura naquele estado, com assinatura de acordo de cooperação e apoio tecnológico da Ceplac.

Milton Conceição fala sobre uso de clones.

 Na oportunidade, a delegação participou de palestras com dirigentes e técnicos da Instituição do cacau, excursões a imóveis rurais observando o manejo do cultivo com clones de alta qualidade genética, instalações de beneficiamento do cacau e o processamento do cacau bean to bar, na fábrica de chocolate da Ceplac.

 Na área do Cepec, o grupo participou da demonstração de poda do cacau, enxertia, produção de mudas e do beneficiamento primário do cacau.

 Nas visitas a fazendas da região, a delegação foi até a Fazenda Deus me deu, do agricultor familiar Elmir Ferreira, conhecer o manejo do cacau de alta produtividade e na Fazenda Capela Velha, viram as etapas do cultivo do cacau até o processamento do chocolate.

 A excursão mato-grossense foi encerada com visitas à Biofábrica e ao Centro de Inovação de Cacau, na UESC.



Hoje, 07/12, será exibida no youtube, às 19:30 h, nova live da Ceplac/Enagro, intitulada Irrigação Estratégica do Cacaueiro, a ser apresentada pelos técnicos convidados pela Ceplac Diógenes Marcelino Santos MS, e Diógenes Henrique Sarmento DS, tendo como moderador o pesquisador da Ceplac e diretor do Cepec José Marques Pereira.

Serão abordados os requerimentos de água para o cultivo irrigado do cacaueiro em diferentes biomas. Serão contemplados resultados práticos de campo, incluindo zonas antes consideradas como “inaptas” do extremo sul da Bahia e do semiárido sob irrigação intensiva com água salina e desprovidos de sombreamento.

Também serão demonstrados os principais métodos de irrigação aplicados aos cacaueiros de reflectâncias do espectro eletromagnético e aerofotogrametria. fitorreguladores e déficit hídrico controlado. Será também destaque a irrigação de cacaueiros no semiárido do Ceará.

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