Coronavac tem eficácia de 78%; Butantan pede à Anvisa autorização para usar a vacina
A vacina coronavac tem eficácia de 78% contra o novo coronavírus nos testes realizados no Brasil. Ou seja, a cada 100 pessoas vacinadas, 78 desenvolvem imunidade contra a Covid-19. O resultado foi apresentado nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Butantan em reunião com técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
Na reunião, o Butantan também formalizou o pedido de autorização para usar a coronavac no Brasil. Ainda não há informações se o pedido é para uso emergencial ou para aprovar o registro definitivo do imunizante. A coronavac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e está sendo produzida no Brasil pelo Butantan, instituto ligado ao governo paulista.
O governo de São Paulo e o Butantan devem detalhar logo mais, a partir das 12h45, as informações sobre a coronavac, numa entrevista coletiva. A apresentação com os dados da eficácia foi adiada em duas ocasiões, nos dias 15 e 23 de dezembro. Pesquisadores turcos chegaram a afirmar que a vacina da Sinovac teria alcançado 91,25% de eficácia em testes preliminares. Mas os dados do Brasil eram muito mais baixos. Em dezembro, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou que o imunizante havia atingido o índice mínimo exigido de eficácia pelas agências regulatórias (50%), mas o número exato não foi divulgado por razões contratuais com a farmacêutica chinesa.
O laboratório Sinovac então pediu ao Butantan o adiamento da divulgação para uniformizar os dados em todos os países em que a coronavac foi testada.A coronavac consta do plano nacional de imunização, elaborado pelo Ministério da Saúde. Mas até agora o governo federal não oficializou a intenção de comprar as doses que estão sendo produzidas pelo Butantan e que já foram importadas da China pelo governo de São Paulo. Desde 19 de novembro, São Paulo estoca milhões de unidades da coronavac. Ao todo o estado já tem 11 milhões de doses do imunizante prontas para uso. A expectativa é de que até março o estado tenha 60 milhões de doses disponíveis.(Gazeta do Povo)