Luz mais cara: Aneel aciona bandeira vermelha 2 após mais de 3 anos
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na noite de sexta-feira (30) o acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar 2 pela pela primeira vez em mais de três anos. A justificativa foi que a expectativa de afluência nos reservatórios das hidrelétricas do país é de cerca de 50% abaixo da média. A bandeira vermelha patamar 2, que passa a valer neste domingo (1º), não era acionada desde agosto de 2021, na esteira da crise hídrica. A agência já havia acionado a bandeira tarifária amarela em julho, pela primeira vez desde abril de 2022, mas em agosto determinou o retorno à bandeira verde, quando não há cobrança adicional de tarifa.
O anúncio da bandeira vermelha 2 torna a conta de luz mais cara, com um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. “Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais”, afirma a Aneel.
A mudança de bandeira depende de três gatilhos: o primeiro é o chamado preço de liquidação das diferenças (PLD), sendo que o Custo Marginal da Operação (CMO) é uma das variáveis; o segundo é o nível de risco hidrológico (GSF); e o último é a geração fora do mérito de custo (GFOM), quando há o acionamento de usinas com custo maior que o determinado pelo PLD. Para setembro, os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF e o PLD.