Morre vítima de câncer segunda criança venezuelana internada no Hospital em Itabuna


A Prefeitura de Itabuna, por meio da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (SEMPS), está adotando as providências para o auxílio funeral e concessão de urna para o sepultamento da criança venuzuelana E.R. , 2,5 anos, sexo feminino, que faleceu hoje, dia 11, no Hospital Manoel Novaes, onde esteve internada nos últimos dois meses com acompanhamento de equipe técnica determinada pela justiça, diante do abandono da menor pelos seus pais.

A criança vivia com seus pais, parentes e grupos indígenas Warao em Vitória da Conquista, no Sudoeste, tendo sido trazida a Itabuna para atendimento pelo curandeiro da tribo venezuelana, conforme suas cultura e tradição ancestrais. Informados sobre a doença, os pais a deixaram para trás, sendo necessária a intervenção da Vara da Infância e Adolescência, acionada pela SEMPS, para o internamento.

A justiça considerou que no caso houve negligência familiar nos cuidados da menor E.R., além do abandono, tendo por isso determinado que a Prefeitura fizesse acompanhamento durante os cuidados e assistência fornecidos pelo Hospital Manoel Novaes no período de internamento.

Na cidade do sul baiano, na unidade hospitalar teve Estesioneuroblastoma como diagnóstico. É uma neoplasia rara do sistema nervoso que surge nas cavidades paranasais, tendo como consequências a invasão dos seios da face, a base do crânio e a região orbital. Daí, não ter resistido apesar do tratamento intensivo.

O titular da SEMPS, secretário José Carlos Trindade lamentou a morte desta segunda criança indígena venezuelana, mas registrou que o grupo que permanece acolhido numa escola pública da cidade tem contado com integral assistência da Prefeitura, o que inclui cuidados médicos, matrículas das crianças em unidades escolares da Rede Municipal de Ensino e o fornecimento semana de alimentação conforme os costumes e tradições alimentares dos indígenas imigrantes.

O corpo da primeira criança foi velado no Colégio Estadual Antônio Carlos Magalhães, no Mangabinha. A mesma cerimônia fúnebre será agora realizada, no mesmo local, com parentes e grupos indígenas venezuelanos. A pedido dos parentes, o corpo será sepultado em Vitória da Conquista. (Ascom/PMI)

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