Análise de DNA descarta participação de criança na morte da cigana Hyara Flor
Uma possível reviravolta no caso da cigana Hyara Flor, morta aos 14 anos com um disparo de arma de fogo, pode estar a caminho. Segundo informações, uma análise do material genético encontrado na arma do crime, realizada pelo Departamento de Polícia Técnica da Bahia (DPT-BA), teria revelado a ausência de DNA da criança de nove anos, apontada pelo inquérito policial que investigou a morte da jovem, como autor do disparo.
A família da vítima refuta que o disparo tenha sido feito pela criança. Segundo o pai de Hyara, o autor da morte da jovem teria sido o próprio marido dela, também menor de idade. Segundo depoimentos, o crime poderia ter sido motivado por vingança, já que um tio de Hyara, se relacionou com a sogra da jovem, que é casada.
Ainda segundo as informações, a perícia analisou o material genético dos pais e irmãos do noivo, comparando com o material coletado na arma do crime, e não teria encontrado evidências da participação de nenhum deles no disparo. Entretanto, o jovem que é apontado pela família de Hyara como autor do tiro, não forneceu material para análise. Além disso, o laudo teria indicado ainda que a criança apontada como autor, sequer teria manuseado a arma.
No entanto, a análise revelou que o material genético encontrado na arma possui DNA masculino.
Em contato com a advogada Janaína Panhossi, contratada pela família da vítima para a acompanhar o caso, ela nos informou que não iria se pronunciar, afirmando apenas que ‘segue acompanhando todas as diligências sobre o caso, bem como auxiliando a família da vítima, em tudo que é necessário para justa apuração dos fatos, já que não se conformam com a conclusão das investigações’.
A defensora já havia destacado anteriormente que o inquérito policial inicial tinha sido concluído apenas com base em depoimentos. ‘Cabe agora ao Ministério Público as providências cabíveis’, completou a advogada.
O laudo também foi analisado por uma equipe de mapeamento genético, que faz parte do escritório de peritos assistentes contratados pela família. A análise independente também apontou para a ausência de material que apontasse a participação da criança de nove anos na morte da cigana Hyara Flor.
As análises foram realizadas pelo DPT-BA a partir de novas diligências realizadas pelo Ministério Público da Bahia. (findpapo)