Com ajuda da Interpol, polícia apreende adolescente que planejava ataque a escola no RJ

A juíza Vanessa Cavalieri, da Vara da Infância e da Juventude do Rio de Janeiro, determinou a internação provisória de um adolescente suspeito de planejar um ataque a uma escola no estado.

A determinação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Rio na sexta-feira (24). O alerta partiu do Google para a Interpol, após a identificação de um vídeo publicado no Youtube com conteúdo que sugere risco iminente de morte ou lesão grave a terceiros. O vídeo mostra o adolescente com armas de fogo e falando sobre os planos de realizar um massacre em uma escola, localizada pela Interpol em um trabalho conjunto com a Polícia Federal.
 

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, a data escolhida era o dia 20 de abril, quando o massacre de Columbine, nos Estados Unidos, vai completar 24 anos. Na dark web (área não rastreável da internet), a data é associada a incentivos a ataques semelhantes ao que aconteceu na escola do estado do Colorado, em que dois alunos mataram 13 pessoas a tiros.
 

Além da internação provisória do adolescente, a juíza determinou a busca e a apreensão dos equipamentos eletrônicos encontrados na casa dele e a quebra do sigilo de dados e comunicações. Em São Paulo, na manhã desta segunda-feira (27), um adolescente de 13 anos matou a facadas a professora Elisabeth Tenreiro, 71, e feriu outras cinco pessoas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste da capital. Ele foi apreendido pela polícia.
 

Havia um boletim de ocorrência registrado no dia 28 de fevereiro deste ano descrevendo o jovem como uma pessoa de perfil agressivo. O boletim foi registrado por uma funcionária da Escola Estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, de onde o adolescente foi transferido no começo deste mês. No documento policial, o jovem é descrito como alguém que vinha apresentando comportamento suspeito nas redes sociais, "postando vídeos comprometedores, por exemplo, portando uma arma de fogo e simulando ataques violentos".
 

"O aluno encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp, e alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos", segundo trecho do boletim. Também consta do registro que os responsáveis pelo adolescente foram convocados para ir à escola, onde a direção os orientou a tomar providências. 

O adolescente fazia referências nas redes sociais ao autor do massacre que deixou oito mortos em Suzano em 2019. Em sua conta no Twitter, ele usava o nome Taucci e uma sequência de números. Taucci é o sobrenome do garoto que abriu fogo contra colegas em Suzano há quatro anos.

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