Com coronavírus "sob controle", China já planeja retorno do futebol
País que deu origem à pandemia do novo coronavírus, a China começa a vislumbrar o fim da sua crise sanitária. E a prova disso é que a nação mais populosa do planeta voltou a pensar em futebol.
De acordo com o jornal inglês "Daily Mail", a temporada 2020 da Superliga chinesa, o campeonato nacional mais rico e badalado do continente asiático, já tem data para começar: 18 de abril.
A competição, que reúne vários jogadores com passagem pela seleção brasileira, como Miranda, Paulinho, Oscar e Hulk, tinha início previsto para 22 de fevereiro. No entanto, precisou ser adiada por tempo indeterminado devido à proliferação do covid-19.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), mais de 81 mil chineses tiveram a doença provocada pelo coronavírus, que provocou até o momento cerca de 3.200 mortes por lá.
Só que, ao contrário do que tem acontecido na Europa e nas Américas, que vêm registrando seguidos aumentos no número de casos, o pico da pandemia parece já ter ficado para trás no território chinês.
Ontem (18), o país registrou "apenas" 39 contaminações, uma marca digna de comemoração para quem chegou a contabilizar quase 4 mil novos infectados por dia durante o auge da crise, no mês passado.
Com a redução do problema sanitário na China e a proliferação da pandemia no restante do clube, os times que "fugiram" do país e fizeram pré-temporada no exterior estão voltando para casa.
O Wuhan Zall, time da cidade onde o covid-19 foi registrado pela primeira vez e que permaneceu por um bom tempo como epicentro da pandemia, desembarcou no final da semana passada na China, depois de passar dois meses treinando na Espanha.
O atacante Hulk (Shanghai SIPG) e o meia-atacante Róger Guedes (Shandong Luneng), que haviam sido liberados por seus clubes para ficarem no Brasil durante o momento mais crítico do problema sanitário, já foram chamados de volta.
Todos eles ficarão de quarentena por 14 dias para evitar que tragam o vírus novamente para a China e iniciem uma nova onda de propagação. O objetivo é impedir a repetição de situações como a do atacante brasileiro Dori, do Meizhou Hakka, da segunda divisão, que foi confirmado ontem com a doença depois de retornar da Tailândia.
Mesmo com o caso positivo para o covid-19, o clima de otimismo impera no futebol chinês, e a previsão de início da nova temporada para o próximo mês está mantida. (Uol)